É grande a revolta da população do município de Pinheiro, interior do
Maranhão. Uma mulher grávida de trigêmeos, que deu a luz na madrugada
ontem, 25, no Materno Infantil da cidade, perdeu um filho porque o GTA
(Grupo Tático Aéreo) se negou a prestar socorro aos recém-nascidos.
Os três bebês, dois meninos e uma menina, nasceram prematuras – de 6
meses e 10 dias – e precisavam ser encaminhados com urgência para o
Materno Infantil da capital maranhense. O parto foi de risco.
A direção do Materno de Pinheiro entrou em contato com o GTA por
volta das 8h da manhã, solicitando a transferência aérea dos
recém-nascidos na tentativa de salvar os bebês, que estavam correndo
risco de vida.
O Grupo Tático Aéreo do Maranhão informou, segundo a direção do
hospital, que não poderia se deslocar para prestar socorro, porque a
ordem para Pinheiro a serviço da Saúde não estava autorizado.
Desesperados e revoltadas com a resposta que receberam do GTA, a
direção do Materno Infantil entrou em contato com o ex-prefeito de
Pinheiro, Zé Genésio, que disponibilizou seu avião por volta das 11h da
manhã e transferiu os recém-nascidos.
Ao chegarem no aeroporto de Paço do Lumiar, uma equipe da SAMU
prestou socorro e encaminhou os bebês para o Materno Infantil de São
Luís. Devido à demora em transferir os recém-nascidos do interior para a
capital, um menino não resistiu e morreu a caminho do hospital de São
Luís.
O clima em Pinheiro, é de dor e revolta com o Governo
do Estado. Eles alegam que, pelo prefeito Zé Arlindo fazer oposição ao
grupo Sarney, o GTA se recusou a prestar socorro.
Os dois recém-nascidos que sobreviveram, permanecem em observação na UTI do Materno Infantil de São Luís.
Luís Pablo
Luís Pablo
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