A vítima teve seis costelas quebradas e várias fraturas pelo corpo. A transexual de 29 anos segue internada na UTI de um hospital respirando com a ajuda de aparelhos. Aguarda uma cirurgia na região do quadril. A polícia está apurando a covardia.
Continuam as investigações da agressão de uma transexual no município de São Luís Gonzaga, a 258 km da capital. A Comissão de Diversidade Sexual e de Gênero da OAB Maranhão diz que acompanha o caso que pode ser enquadrado como crime de transfobia.
Há duas semanas, a transexual Natasha Nascimento foi agredida por cinco pessoas quando passava pela BR 316 saindo de uma festa, voltando para casa. A vítima teve seis costelas quebradas e várias fraturas pelo corpo.
Nove pessoas já foram ouvidas pela polícia, inclusive dois homens e três mulheres que são apontados como principais suspeitos de terem cometido o crime. Os motivos que podem ter levado a agressão ainda estão sendo investigados.
A transexual de 29 anos segue internada na UTI respirando com a ajuda de aparelhos. De acordo com a família, Natasha aguarda uma cirurgia na região do quadril, que segundo informações médicas, só pode ser feita quando o quadro clínico estabilizar.
A mãe da vítima, Delsina Nascimento, afirma que a filha enfrentou desafios por conta da orientação sexual e teme pela segurança da família.
“Eu não queria que ninguém mexesse com ele, porque só eu sei o que estou passando, sofrendo vendo meu filho naquele estado judiado pela mão dos outros, todo quebrado, não pode nem se mexer”, desabafa a mãe.
Decisão do STF
No ano passado, o Supremo Tribunal Federal determinou que a discriminação por orientação sexual e identidade de gênero passe a ser considerada crime.
“É um tipo de crime que é invisibilizado, que quando tem uma notoriedade assim, a gente te que aproveitar para combater a intolerância e dizer que está errado sim, pois as pessoas devem ser respeitadas. A constituição é clara e assevera que todos e todas são iguais perante a lei”, diz a presidente da Comissão dos Direitos Humanos da OAB, Marina Lima.
Da redação com informações do G1/MA
Nenhum comentário:
Postar um comentário