13 dezembro, 2012

Rubens Júnior critica proposta de reajuste das tarifas da Caema


 Foto Materia

O deputado Rubens Pereira Júnior (PCdoB) afirmou, na manhã desta quinta-feira (13), que o Governo do Estado pretende implantar um reajuste de 38% nas tarifas cobradas pela Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema). “É um reajuste abusivo, exorbitante, que deverá penalizar principalmente os consumidores de menor poder aquisitivo”, afirmou o deputado na tribuna.

“Este reajuste das tarifas da Caema chega agora como presente de Natal da Excelentíssima Governadora para os maranhenses. E não se pode aceitar que a Caema, que presta um péssimo serviço a milhares de maranhenses, venha agora solicitar um reajuste de até 38%. Esta mesma Caema acaba de deixar mais de 100 bairros de São Luís sem água”, frisou Rubens Júnior.

Depois de assinalar que a Caema é talvez a pior concessionária de serviço público do Maranhão, o deputado salientou que, no momento em que a governadora Roseana Sarney se prepara para endividar o Estado em mais de R$ 3,8 milhões, a Caema propõe um reajuste de suas tarifas com uma tabela desproporcional, que onera especialmente os menores consumidores.

“Os maiores consumidores pagarão menos”, acrescentou Rubens Júnior, “os menores consumidores pagarão mais. O pequeno consumidor de água, o cidadão que tem duas ou três torneiras em casa, este cidadão, de acordo com a tabela divulgada pela própria Caema, e isto não é invencionice da oposição, são dados publicizados na Agência Reguladora de Serviços Públicos - este consumidor pagará um aumento de 38%. Ou seja, o menor consumidor terá o maior aumento de 38%”.

Apartes – Os deputados Marcelo Tavares (PSB), Bira do Pindaré (PT), Eliziane Gama (PPS), Gardênia Castelo (PSDB) e Zé Carlos (PT) também questionaram a proposta de reajuste das tarifas da Caema. Na condição de líder da Oposição, Marcelo Tavares afirmou que a administração de Roseana Sarney age completamente deslocada da realidade do povo do Maranhão.

“A governadora dá este presente de Natal ao povo de São Luís e ao povo do Maranhão. E o que é pior: quando há algum investimento no Sistema como, por exemplo, a duplicação do Italuís, a duplicação não, a substituição da tubulação de São Luís é feita com dinheiro federal, o Estado não bota 1% que seja. E mais adiante, para justificar esse aumento, a diretoria da Caema mostra um aumento dos custos dos contratos da empresa de forma assustadora também”, discursou Marcelo Tavares.

O deputado Bira do Pindaré frisou que a Caema continua poluindo as praias de São Luís: “Até hoje, ninguém acreditou naquele mergulho do secretário de Saúde na paria. Eu não sei qual foi a praia, se foi Olho d’Água, se foi Araçagi, mas ninguém acreditou naquilo. Ninguém tem coragem de levar seus filhos para tomar banho nas praias de São Luís porque todos sabem que continuam poluídas, porque sabem que todo dia continuam sendo despejadas mais de 160 toneladas de fezes nas praias de São Luís”, afirmou Bira do Pindaré.

Os deputados Zé Carlos, Gardênia Castelo e Eliziane Gama também parabenizaram Rubens Pereira Júnior pelo discurso, chamando atenção para a falta de investimentos na área de saneamento básico. Depois de enfatizar que a Caema é uma empresa deficitária, e que não faz sentido o reajuste abusivo das contas de água, Rubens Júnior encerrou seu discurso fazendo um apelo para que a governadora Roseana Sarney reveja a decisão de reajustar as tarifas da Caema.

“Eu acredito que não há assunto mais importante para a Casa debater neste momento, pois isso é algo que afetará diretamente toda a população do Maranhão que consome água. Nós já temos a pior cobertura de esgoto do Brasil, nós já temos a maior taxa de desperdício de água do Brasil, nós talvez sejamos a campeã nacional de racionamento de água do Brasil, talvez, acerca desse dado eu não tenho exatidão, mas quem sofre com a falta de água pode dizer isso melhor do que eu. E com tudo isso, nós temos as praias poluídas, o que afeta o turismo, o lazer, o entretenimento, mas com tudo isso o Governo acha por bem reajustar a tarifa em até 38% para quem ganha menos. E isto precisa ser revisto pelo governo”, ressaltou Rubens Júnior. 

Assecom

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