03 dezembro, 2012

Eleições na Câmara Municipal: Gil Lopes, o conciliador e o dilema dos gabinetes

Gil Lopes ao lado do deputado Magno, Capitão Ribeiro
Leandro e Eric Costa

foto: Ivan Silva - barradocordanwes.com

Detentor dos votos da oposição e de grande parte da situação, o vereador eleito Gil Lopes deve ser conduzido com folgas para a presidência da Câmara Municipal de Barra do Corda. Além da quase unanimidade entre seus pares, Gil também conta com a simpatia do prefeito eleito Eric Costa que, apenas por conta do adversário de Lopes ser o soldado Coelho, também de sua coligação, não manifesta seu apoio aberto.

Conhecido por seu temperamento conciliador e por sua extremada habilidade política, Gil Lopes deverá firmar-se como um aliado de primeira linha do novo prefeito. Nesse caso o novo vem carregado de significados, além de sua tenra idade, Eric Costa também jamais teve alguma experiência administrativa, e o apoio de Gil, que entra em seu quarto mandato como vereador e também foi ouvidor da prefeitura de Chapadinha, bem como de todo o grupo político que o apoiou, serão fundamentais para o sucesso da gestão do prefeito.

Mas de cara o novo presidente enfrentará um dilema. Com a reforma do prédio da Câmara, 10 gabinetes foram criados e os eleitos são 17, dessa forma, a contabilidade não fecha. Em seu primeiro dia de gestão o o novo titular terá de lidar com os egos, com o inconformismo e até quem sabe seus primeiros desafetos. Mas a história do futuro presidente é marcada por seu temperamento conciliatório, algumas situações confirmam isso.

Numa delas, em 2002, quando a disputa pela Câmara envolvia a sucessão de Vital Sampaio, irmão do prefeito Avelar, Gil Lopes detinha a maioria dos votos e disputava com Adão Nunes, na última hora e temendo evitar um atrito cedeu a seu adversário que ganhou a disputa exercendo a presidência nos dois últimos anos de mandato do então prefeito.

Com esse perfil e com a disposição de alinhavar as diferenças em nome da governabilidade do novo prefeito, Gil Lopes parece ostentar predicativos ideais para a transição entre o governo Nenzin que significava para muitos setores da sociedade barra-cordense o antagônico e Eric Costa que não somente pela juventude e ineditismo, mas também por pregar o novo e a modernidade,  que um conciliador que modere os ânimos e indique caminhos deve parecer imprescindível. Barra do Corda agradece.

Urias Matos

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