13 maio, 2011

Dia Mundial do Enfermeiro: “Sem enfermeiros não há como se fazer saúde. Essa é nossa importância”, disse a deputada Valéria Macedo”.

Para Valéria o discurso corporativo da classe precisa se alastrar mais pelos foros de decisão política do país, pois os enfermeiros são muito mais reconhecidos pela população do que pelas estruturas de saúde públicas e privadas.









A deputada estadual Valéria Macedo (PDT), em mais um discurso na tribuna da Assembléia Legislativa, lembrou ontem (quinta-feira, 12) o dia mundial do Enfermeiro, fazendo uma homenagem á classe a que pertence há mais de 11 anos, no que classificou de “a profissão do passado, do presente e do futuro: a enfermagem”, que segundo ela hoje conta com mais de cem mil profissionais no Brasil.


A data tem como referência a enfermeira inglesa Florence Nightigale, um marco da enfermagem moderna no mundo e que nasceu em 12 de maio de 1820 e a brasileira Ana Nery, um ícone nacional da enfermagem.


“No Brasil, nossa profissão foi institucionalizada em meados do século XIX, mas muitos são nossos desafios como categoria. O nosso discurso corporativo precisa se alastrar mais pelos foros de decisão política do país”, disse Valéria acrescentando que modestamente sente-se representante da classe na Assembléia Legislativa. “Aliás, que eu saiba, é a primeira vez que uma enfermeira elege-se deputada estadual aqui nesta Casa”, informou.


Segundo Valéria, não apenas no Maranhão, mas em todo o país as condições da classe são precárias e ainda de reconhecimento institucional muito baixo. “Na realidade nós somos muito mais reconhecidos pela população do que mesmo pelas estruturas de saúde públicas e privadas”, constata.


“No Maranhão, precisamos avançar em muitos pontos. Precisamos de um piso salarial digno de nossa categoria, precisamos de uma carga horária decente e humana que defendemos que seja de trinta horas semanais. Precisamos equilibrar a posição profissional dos enfermeiros com os demais profissionais da saúde, pois não há nenhum mais importante do que o outro, mas uns como penso seja o caso dos enfermeiros são indispensáveis”, assinalou Valéria, lembrando que no Maranhão os enfermeiros não têm, por exemplo, o Plano de Cargos e Salários no setor público. “Alias, no nível de estado há muito tempo que esperamos um concurso público”, cobrou.


Segundo Valéria, a enfermagem vem se desdobrando cada vez mais, surgindo áreas novas e novas especializações, tais como, enfermagem psiquiátrica, enfermagem em UTI, enfermagem geriátrica, enfermagem de urologia, e, ainda, um novo campo para os enfermeiros que é a parte de gestão em saúde.


“Sem enfermeiros não há como se fazer saúde. Essa é nossa importância, por isso temos que nos organizar mais, aprofundarmos nosso discurso corporativo como fazem todas as demais profissões, inclusive da saúde”, concluiu.


No discurso, que recebeu apartes e elogios de colegas como Eliziane Gama (PPS), Fábio Braga (PMDB) e o presidente da Casa, Arnaldo Melo (PMDB), Valéria discorreu ainda sobre as questões de formação da classe exigindo mais rigor na autorização dos cursos de enfermagem, carga horária de trabalho, piso salarial e mais uma vez defendeu o fortalecimento do sistema público de saúde ressaltando que para isso, são necessários mais enfermeiros, médicos, assistentes sociais, psicólogos, dentistas e demais profissionais “conscientes de seu papel na sociedade e no desenvolvimento de nosso país”.


Nenhum comentário:

Postar um comentário