12 outubro, 2011

"Saúde com qualidade", artigo de Flávio Dino desta semana

O presidente da Embratur e do Comitê Estadual do PCdoB publica, aos domingos, artigo opinativo no Jornal Pequeno


O Brasil trabalha hoje para ser a quinta economia do mundo em 2020, com o Pré-Sal, a agricultura e a indústria. Mas além de almejarmos ser um país desenvolvido, com geração de renda e aumento do consumo, queremos que essa riqueza se converta em qualidade de vida para nossos cidadãos. Entre os indicadores de qualidade de vida, a saúde figura como maior preocupação do brasileiro, segundo pesquisa divulgada pelo Ibope este ano.

Obviamente, é necessário melhorar os instrumentos de gestão, buscando a excelência e a transparência na administração pública – tanto na saúde quanto em qualquer outra área. Mas é inegável que, para um aumento efetivo da capacidade e qualidade de atendimento da rede pública, também são necessários mais recursos. Por isso, a Câmara dos Deputados aprovou a regulamentação da Emenda 29, que define limites mínimos de investimento em saúde.

O governo federal tem feito a sua parte, contribuindo bastante com estados e municípios. Para nossa capital, São Luis, o Ministério da Saúde já contribuiu, este ano, com R$ 335,5 milhões, dos quais R$ 275,6 milhões para tratamentos de alta e média complexidade.

Apesar dos repasses do governo federal, deixa a desejar a situação da saúde pública no Maranhão. Merecem especial atenção situacoes como a do Hospital Regional de Presidente Dutra. Construído em 2009 pelo governador Jackson Lago, o hospital tinha equipamentos modernos para a época. Atualmente, é alvo de críticas da população e reclamação dos próprios médicos.

Há alguns anos, já conhecemos a situação de risco de dengue em nosso estado. De 2009 para 2010, o número de casos dobrou, chegando a 6 mil pessoas. Em 2011, novo crescimento: de 60% dos casos em janeiro. Nesta estação chuvosa de 2012, estaremos novamente na lista de áreas de risco.

É necessária uma atuação firme dos governos, com investimento na prevenção. Aliás, prevenção que vem sendo a marca positiva da gestão do governo federal na saúde, com o Programa Saúde da Família, com visitas às casas, atendendo os pacientes antes que cheguem a situações de doença.

Também para esse programa precisamos de mais recursos, fato demonstrado pelas manifestações dos agentes comunitários de saúde, esta semana em Brasília. Eles pediam a aprovação de um piso salarial para a categoria. Essa e outras iniciativas, como a Emenda 29, são necessárias para garantir condições dignas de trabalho para os profissionais da saúde e atendimento rápido e de qualidade ao cidadão.


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