22 outubro, 2011

Flávio Dino entre os cotados do PCdoB para substituir Orlando Silva

Deu na Folha de São Paulo

Antes de o destino do ministro do Esporte, Orlando Silva, ser oficialmente selado pela presidente Dilma Rousseff, integrantes do Planalto e do próprio PC do B já discutiam, reservadamente, nomes que pudessem substituí-lo.

Nos bastidores, auxiliares próximos à presidente afirmam que ela gostaria que Orlando se antecipasse e formalizasse sua exoneração, sinal que o partido e o próprio ministro se recusavam a emitir.


Depois de uma semana de desgaste, ele se reuniu no início da noite de ontem com a presidente Dilma Rousseff.

O ministro, que se diz inocente, disse ter esclarecido a Dilma todas as acusações que tem sofrido. “Desmascarei todas as mentiras para a presidente”, disse. Após a reunião com o ministro do Esporte, Orlando Silva, o Planalto divulgou nota em que reafirmou a permanência de Orlando na pasta. A presidenta Dilma Rousseff disse que o governo “não condena ninguém sem provas e parte do princípio civilizatório da presunção da inocência”, diz a nota da Presidência.

Ao contrário da expectativa geral de que sua demissão pudesse ser oficializada ainda ontem, a equipe da presidente assegurava que o desfecho viria depois. O motivo: ela desejava se cercar de mais dados sobre o nível de irregularidade em contratos suspeitos celebrados pelo Esporte com ONGs ligadas ao PC do B.

No governo, as condições de permanência de Orlando são consideradas praticamente nulas.

Dilma determinou que a CGU (Controladoria-Geral da União) fizesse uma auditoria nos contratos do Esporte para embasar sua decisão final.

Segundo a Folha apurou, a ordem partiu de uma avaliação segundo a qual o governo teria de ter dados próprios, e não denúncias veiculadas na imprensa, para selar o destino de seu ministro. Também incomodou muito o fato de o delator de Orlando ter estourado a crise sem apresentar provas.

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