Um toque de criatividade marcou o concurso que definiu a identidade visual da Frente Parlamentar de Combate ao Crack, disputado por alunos do curso de Propaganda e Publicidade do Uniceuma. Ao todo foram apresentadas sete propostas e a campanha “Crack, não curto” sagrou-se vencedora. Não foi uma escolha fácil em razão da qualidade dos demais trabalhos participantes.
No processo de seleção do trabalho vencedor, as propostas foram apresentadas através de um vídeo, no qual os estudantes narraram suas ideias para uma banca examinadora. A apresentação dos trabalhos contou com a presença do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Arnaldo Melo (PMDB), e pelos deputados Alexandre Almeida (PT do B) e Valéria Macedo (PDT).
Os estudantes Iulene e Augusto iniciaram o vídeo apresentando a campanha “Experimente o que Vale a Pena”. A dupla optou por imagens dinâmicas e divertidas, afastando-se de cenários que remetem o receptor ao submundo do crack. A proposta foi passar ideias de sensações intensas e diversificadas, capazes de quebrar a rotina de forma mais atrativa, como, por exemplo, saltar de para-quedas, escalar uma montanha ou roubar um beijo da pessoa querida.
“Buscamos explorar sensações (euforia, por exemplo) que algumas pessoas buscam, em tese, com as drogas, mostrando que elas podem alcançar esses estágios de prazer, sem precisar recorrer a extremos”, explicou a universitária Iulene.
A segunda campanha, idealizada pelos estudantes Dalila e Felipe, trouxe o slogan “Crack, com essa pedra no caminho, sua vida será muito menor”. Eles utilizaram a imagem de pedras sobrepostas, numa referência à pedra do crack e aos obstáculos que ela representa aos seus usuários.
“Passamos a ilusão de que o crack é uma pedra no caminho, que acarreta transtornos e, uma vez utilizada, pode representar uma viagem sem volta”, declarou o universitário Felipe.
“Crack, quem usa quebra a cara”. Este foi o slogan da terceira campanha, de iniciativa dos estudantes Mirella e Aluízio. A imagem impactante de um usuário de droga, com o rosto petrificado e cheio de rachaduras, fumando um cachimbo de crack, marcou o visual da apresentação
A universitária Mirelle explicou que a pessoa que pousou para a fotografia é um ex-usuário de drogas, que decidiu aceitar o convite para expor sua imagem por entender o alcance da campanha e o seu efeito pedagógico tanto para aqueles que já se encontram no submundo das drogas, como para os que estão em via de adentrá-lo.
A ideia era simbolizar o poder de destruição do crack, capaz de aniquilar a vida de uma pessoa. “Escolhemos a imagem de um rosto se quebrando numa alusão ao número de famílias que são devastadas por essa droga”, disse Mirelle.
TRABALHOS
O quarto vídeo trouxe a proposta da universitária Aurilene, com o tema “Crack, usou já era!’. A universitária utilizou imagens de diversas armadilhas, como ratoeira, alçapão e anzol, com pedaços de drogas fazendo as vezes de iscas para ilustrar a lesividade do seu uso. “Quis fugir das imagens que mostram os efeitos que essa droga causam no corpo, optando por uma linguagem mais acessível para o público jovem’, detalhou.
De iniciativa das universitárias Luíza e Maíra, a quinta apresentação exibiu o slogan “O crack não soluciona, só complica”. As alunas também fugiram de imagens pesadas e escurecidas, próprias do submundo do crack, e procuraram uma abordagem positiva, explorando cenas mais leves, como a alegria de um bicho de estimação e um sorriso espontâneo. “Coisas simples, mas que estão ao acesso de todos”, explicou Maíra.
Tons vivos e coloridos marcaram a campanha das universitárias Luiza e Maíra, que ainda acrescentaram a seguinte frase à campanha: “Problemas, todo mundo tem. Solução a gente encontra. A vida é bela sem crack”.
A sexta campanha foi apresentada pelos universitários Marcelo e Rodrigo, com o tema “Quando você escolhe o crack, ele não vem sozinho”. A imagem visual foi explorada em preto e branco, ilustrando uma pessoa melancólica, em frente a um imenso muro de pedras, onde estavam pichadas palavras de conteúdo sombrio, como morte, impotência e paranoia. “Depois da sensação de euforia causada pela droga, vem os inevitáveis problemas”, declarou Marcelo.
A proposta de Marcelo e Rodrigo trouxe uma opção de uso diferenciado dos cartazes de campanha, uma parte podendo ser destacada e dividida em diversos cartões, contendo números de telefones úteis, um estímulo para que cada um faça a sua parte no combate às drogas.
VENCEDORES>
A equipe vencedora, composta pelos universitários Alana, Douglas e Pâmela, foi a última a se apresentar. Eles optaram por uma linguagem atualizada e universal, própria da rede social Facebook, ao escolherem como slogan de campanha “Crack, não curto”.
“A campanha procurou despertar, de forma impactante, a consciência sobre os malefícios causados pelo uso do crack”, explicou Douglas. A imagem utilizada retrata um ambiente abandonado, sombrio, sujo e úmido, com pessoas usando drogas.
“Isso faz com que o receptor se questione sobre a ameaça do crack, seja ele usuário ou não: é essa a vida que eu quero levar?”, disse Alana.
Sobre a alusão a um recurso das redes sociais, Alana lembrou que o Facebook é uma das ferramentas virtuais mais acessadas no mundo. “A intenção foi mostrar uma linguagem que seja entendida por todas as faixas etárias e classes sociais”, completou.
O grupo vencedor ganhou um ipad e placas de mérito. O maior prêmio, porém, será o de ver sua criação estampada na mídia e nos diferentes meios de comunicação, fazendo com que a mensagem de relevante valor social percorra todo o território maranhense, como um alerta de que a vida é um bem de valor inestimável e que é preciso preservá-la a todo custo dos efeitos maléficos das drogas.
Agência Assembleia
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