13 fevereiro, 2013

FLÁVIO DINO: "FAÇO UM CONVITE À UNIDADE AMPLA DAS FORÇAS DA MUDANÇA..."

Flávio Dino
Em entrevista ao jornal O Imparcial, o presidente da Embratur e pré-candidato a governador, Flavio Dino (PCdoB), diz que se a eleição fosse hoje seria candidato, reconhece a possibilidade de uma terceira via ou a possibilidade de  outros candidatos da oposição, mas prega  a união em torno de uma eleição plebiscitária em 2014.

Confira alguns trechos da entrevista:

Como o senhor compatibiliza a atividade de presidente de Embratur com a condição de pré-candidato ao governo do estado?

Nós trabalhamos sete dias por semana, a única forma de conseguir essa compatibilização. Implementado o nosso trabalho com a nossa equipe, a qual tem grande qualidade, pois ninguém faz nada sozinho e a equipe da Embratur é muito boa, ao mesmo tempo que mantemos uma equipe política no Maranhão muito boa, representada pelo nosso partido, o PC do B.


Por ser pré-candidato o senhor acha que acaba causando algum empecilho com o governo do estado, uma vez a área de atuação é a mesma na área do turismo?

Da minha parte, não. Pelo contrário, eu sempre mantive e mantenho uma excelente relação com o secretário Jura Filho (PMDB), sempre me dispus a ajudar o governo do estado, sempre apresentando projetos, da minha parte a uma posição republicana. Uma coisa é a disputa política, outra coisa são projetos conjuntos e parcerias que devem ser feitos.


Está surgindo um novo grupo no Maranhão, nomeado por Via Alternativa Popular, atualmente a disputa é polarizado entre o grupo de Sarney e o grupo anti-sarney, o senhor acha que tem espaço para essa nova formação?

Eu acho que todas as alternativas são legitimas. Eu não tenho nenhuma pretensão de monopolizar o espaço da oposição. O campo da oposição é muito amplo, chegando a ser majoritário e acho que todo mundo tem o seu direito de se colocar como candidato, lançar seu ponto de vista, eu tenho uma postura altamente democrática. Em Brasília ocorreu um encontro em que eu, Waldir Maranhão (PP), Domingos Dutra (PT) e o ex-prefeito Deoclides Macedo (PDT) tiramos uma foto e eu brinquei, ‘pronto está resolvido o problema da 3ª via’, pois poderia até dizer que eu estava aderindo a 3ª via, portanto eu tenho muita tranquilidade a isso. Acho que precisamos olhar para frente, esquecer o passado, pensar em um Maranhão novo.


A sua candidatura é definitiva?

Definitivo é só aquilo que Deus determina, hoje sim, se a eleição fosse amanhã, eu seria candidato, mas daqui um ano e meio, temos que esperar, construir juntos, ouvir os companheiros. O que posso dizer que o meu desejo é definitivo, a minha vontade, disposição para essa tarefa. Mas ninguém é candidato a governador sozinho e não é aquele lugar comum da política, que tem que ouvir o povo, não é isso, é a realidade.


Qual a força política que a oposição tem?

A força política que eu tenho é derivada, primeiro de um grupo político muito amplo de prefeitos, ex-prefeitos, vereadores, deputados, sindicatos, movimentos sociais e dessas ideias da mudança, do novo, da renovação, a força política demanda disso e eu tenho uma atitude de muita coragem no enfrentamento dos problemas sociais do nosso estado. E os adversários tentam estigmatizar minha coragem, minha dignidade e como se fosse uma atitude errada, pelo contrário, tenho muita lealdade, muita firmeza naquilo que eu acredito, e essas convicções apontam no sentido de consolidar essas posições ao sistema que está aí há 50 anos e superar essa realidade, o Maranhão pode olhar para frente, pode olhar a diante. Como se fosse uma espécie de um livro que chegou ao capítulo final.


Se o senhor pudesse escolher seu adversário, quem seria o escolhido?

O meu adversário são os problemas do Maranhão, as tragédias do Maranhão, pobreza do Maranhão, o atraso político etc. Qualquer um deles que representarem isso serão meus adversários, eu luto contra um modelo, contra um sistema, luto contra uma realidade e o que impulsiona minha candidatura é a vontade do povo em superar esses problemas, a minha candidatura baseia-se nisso.


Nesse desejo de ser governador, o senhor chega a descartar alguma composição ou aliança?

Eu tenho buscado uma conversa ampla, tenho buscado muitos partidos, eu não tenho nenhum preconceito. Qualquer força política que quiser defender nosso programa de governo será nosso aliado, não temos um ponto de partida de exclusão, pelo contrário nós queremos todas as alianças possíveis para mudar o Maranhão, nós temos um programa claro, um modelo republicano de moralidade, ética, honestidade, desenvolvimento, moralidade…


Então o ponto de partida dessa mudança foi a eleição de Edivaldo Holanda Júnior (PTC)?

Acho que a eleição de Edivaldo foi um momento muito importante, dele e de outros prefeitos muito importante no nosso estado, mesmo entre aqueles que não se elegeram. Hoje eu tenho muita esperança nesse movimento que nós representamos, não somente eu sozinho, mas o nosso grupo, que foi amplamente vitorioso no estado, não somente em São Luís e em muitas outras cidades do estado.


Em 2014 o senhor defende uma eleição plebiscitária?

Não é que eu defenda como vontade minha, a sociedade que está dizendo que ela será plebiscitária, por duas questões, a primeira por conta desse poder duradouro de 50 anos e segundo porque esse poder duradouro legou os piores indicadores sociais, então esse será o plebiscito, ele está posto, continuar o modelo oligárquico, ou supera-lo, nós acreditamos que esse modelo chegou ao seu capítulo final, chegou a hora de escrever uma nova história e não sou que vou escrever sozinho, estou apenas me dispondo a escrever a primeira página.


 Então um novo candidato na disputa poderia vir a prejudicar a sua em 2014?

Não. A dinâmica da eleição é decidida pela sociedade e não pelos políticos, a dinâmica da eleição vai ser plebiscitária e como eu já disse, sou um democrata por convicção e na prática, então não posso ser contra a candidatura de ninguém, quem quiser se colocar é uma atitude legítima, eu faço um convite, eu faço um apelo, faço um pedido. Um convite a unidade ampla e unidade das forças da mudança, que haja um espírito de compartilhamento de ideias, de convicções e o convite está lançado nessa entrevista ao ao O Imparcial.

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