No final da tarde de sexta-feira, 1º, foi enterrado com honras militares o corpo do Cabo PM Epitácio, morto covardemente em um assalto a ônibus. O Ele foi
morto após ser
identificado como policial militar durante uma tentativa de assalto a
um ônibus da empresa Progresso na madrugada do dia 31, próximo
ao povoado Santa Rosa, em Capinzal do Norte. Cinco homens armados
teriam interceptado o ônibus e metade do bando entrou no
veículo e anunciou o assalto, enquanto os outros dois assaltantes
permaneceram do lado de fora em um veículo Gol dando cobertura ao
restante do grupo. Três
bandidos entraram no veículo e na última fileira
de bancos, estava o Militar Cabo Epitácio
que reagiu ao assalto e atirou contra os bandidos que atiraram contra ele
causando a morte do policial ainda no
interior do veículo. Seu corpo foi enterrado com honras militares pelo
bom trabalho que sempre prestou à população Barra-Cordense. O blog
lamenta muito a morte do policial militar que sempre foi parceiro,
companheiro, dedicado e prestativo. No pátio do 5º BPM aconteceu a última despedida ao PM pelo Comandante do Batalhão Major Marcos e pelos demais companheiros de Farda a multidão seguiu a pé sob forte chuva até o cemitério.
Carta de um policial morto em serviço
Enquanto todos dormem, eu estou em lugares inimagináveis, matagais intransponíveis, bueiros fétidos, casas abandonadas, entre outros lugares a que alguém normal se recusaria ir;
Enquanto todos dormem, eu estou em alerta máximo, tentando não apenas defender pessoas que nunca vi, nem mesmo conheço, mas também tentando sobreviver;
Enquanto todos dormem no aconchego de suas casas debaixo dos cobertores, eu estou nas ruas debaixo da forte chuva, com frio e cansado madrugada adentro;
Enquanto todos dormem, eu estou travestido de herói e mesmo não tendo superpoderes estou pronto para enfrentar o perigo, para desafiar a morte e, ‘quiçá, sobreviver’;
Enquanto todos dormem, eu estou dividido entre o medo da morte e a árdua missão de fazer segurança pública;
Enquanto todos dormem, eu sonho acordado com um futuro melhor, com o devido respeito, com um justo salário, com dias de paz, mas principalmente com o momento de voltar para casa e de olhar minha esposa e meus filhos e dizer-lhes que foi difícil sobreviver a noite anterior, que foi cansativo e até frustrante, mas que estou de volta e que tenho por eles o maior amor do mundo.
Esse texto eu dedico a todos os policiais que, como eu, só desejam voltar para casa vivos.
Alex Oliveira Suzarte
Francisco Carvalho, com alterações do blog
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