Presidente Estadual do PMDB cadastrou servidoras do Estado como candidatas para cumprir a cota de vagas para as mulheres
A falta de mulheres na montagem da chapa de deputado estadual na 
coligação ‘Pra Frente Maranhão 2’ deve tirar todos os candidatos da 
coligação da disputa pela Assembleia Legislativa do Estado nas eleições 
deste ano. Formada por 8 partidos – PMDB, DEM, PTB, PV, PTdoB, PSC, 
PRTB, PR, – a coligação
 deve ter o registro – ou diplomas – de todos os seus candidatos 
cassados pela Justiça Eleitoral por ter em seu quadro pelo menos três 
servidoras do Estado que não se desincompatibilizaram e continuam 
exercendo suas funções no Governo Roseana Sarney.
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| DÁ ZERO PRA ELE Suplente de Gastão Vieira, Remi Ribeiro pode ser o responsável pela queda de todos os candidatos da coligação ‘Pra Frente Maranhão’. Foto: Divulgação/PMDB | 
O ATUAL7 apurou que a entrada das servidoras na disputa foi de 
iniciativa do presidente Estadual do PMDB e segundo suplente de senador 
na chapa do deputado Gastão Vieira, Remi Ribeiro – há indícios de 
participação da governadora Roseana Sarney, como forma de burlar à 
imposição legal de ter pelo menos 30% de candidatos do sexo feminino. Ao
 tomar conhecimento da jogada no último sábado (20), o secretário de 
Estado da Saúde, Ricardo Murad, soltou os cachorros pra cima de Remi, 
devido ao risco real de sua filha, Andre Murad, estar fora da disputa. A
 briga foi tão feia que levou Remi Ribeiro a sofrer infarto e ser 
internado às pressas para uma UTI (Unidade de Terapia Intensiva).
As servidoras usadas como ‘candidatas-laranja’ por Remi são a 
Assessora Especial da Casa Civil, Joana Marques; Camila Rodrigues 
Sampaio Nunes, Assessora Especial do Cerimonial do Governo do Estado; e 
Conceição Domingas Costa dos Santos, Chefe de Gabinete da Administração.
 Apesar de permanecerem lotadas nos cargos até hoje, todas tiveram suas 
candidaturas deferidas pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do 
Maranhão, mas devem ter suas candidaturas cassadas pelo Superior 
Tribunal Eleitoral (TSE).
Para que se tenha uma ideia do rigor pelo cumprimento da Lei, há 
menos de um mês, por motivos semelhantes ao ocorrido no Maranhão, o TSE 
tirou a chance de 51 políticos do Goiás de se candidatarem nas eleições 
deste ano. Formada por seis partidos — PEN, PSL, PTC, PHS, PMN e PV — a 
coligação Unidos por Goiás teve o registro de todos os seus candidatos 
cassados pela Justiça Eleitoral por não obedecer à imposição legal de 
ter pelo menos 30% de candidatos do sexo feminino. Outro caso também foi
 registrado contra candidaturas no Estado do Mato Grosso.

CANDIDATAS DE REMI
 Servidoras do Estado foram cadastradas por Remi Ribeiro como 
candidatas-laranja a deputada estadual para cumprir a cota dos 30%. 
Foto: DivulgaCand
Abaixo, o ATUAL7 traz os nomes e coligações proporcionais dos 43 
candidatos favoritos na disputa – a maioria concorre à reeleição – que, 
juntamente com o restante da coligação ‘Pra Frente Maranhão’, devem 
estar fora das eleições de outubro próximo, devido a irregularidade nas 
três ‘candidaturas-laranjas’ criadas por Remi Ribeiro para cumprir a 
cota por sexo estabelecida pelo parágrafo 3º do artigo 10 da Lei das 
Eleições:
PMDB, DEM, PTB, PV, PTdoB, PSC, PRTB, PR
- Afonso Manoel
- Andrea Murad
- Hélio Soares
- Max Barros
- Nina Melo
- Roberto Costa
- Socorro Waquim
- Adriano Sarney
- Hemetério Weba
- Edilázio Júnior
- Rigo Teles
- Antonio Pereira
- Cesar Pires
- Manoel Ribeiro
- Léo Cunha
- Rogério Cafeteira
- Fábio Braga
- Carlos Filho
- Stenio Rezende
- Camilo Figueiredo
- Josimar Cunha
 
 
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