O Globo - Presidentes de 11 partidos, incluindo siglas da base aliada do presidente Jair Bolsonaro, se reuniram neste sábado e fecharam posição a favor do atual sistema de votação no Brasil, se posicionando de forma contrária à introdução do voto impresso, uma das principais pautas defendidas pelo presidente no Congresso.
Participaram do encontro os presidentes do MDB, PP, Republicanos, PSL, Cidadania, Solidariedade, Avante, PSD, DEM, PSDB e PL.
Um dos articuladores do encontro foi o presidente do Solidariedade, Paulinho da Força. Segundo ele, os partidos, que representam a maioria dos deputados na Câmara dos Deputados, decidiram defender a manutenção do atual sistema e destacou a participação de partidos de oposição e da base do governo.
"Nós consideramos seguro e por isso teve essa unanimidade. Vamos discutir com o Tribunal Superior Eleitoral mais transparência para que os presidentes dos partidos acompanhem a lacração das urnas, façam vistorias não apenas em poucas urnas como hoje, enfim, para dar o máximo de transparência possível", afirmou Paulinho.
Segundo o presidente do Cidadania, Roberto Freire, a decisão aponta que existe um consenso entre os principais partidos sobre o voto eletrônico.
"A participação de alguns partidos da base significa que podem estar apoiando o Bolsonaro, mas não apoiam o voto impresso. Uma das discussões feitas foi exatamente que quase todos falaram que essa ideia de voto impresso está servindo mais a uma posição antidemocrática", afirmou.
O presidente do PSD, Gilberto Kassab também afirmou que todos os partidos reafirmaram a preocupação sobre a dúvida sobre o resultado das eleições e destacou que as legendas também irão defender mudanças para dar mais transparência à apuração.
"Existe bastante transparência, mas todos cobram que a apuração seja mais transparente. Já que existe alguma inquietude, que haja uma transparência total e participação dos partidos nesse acompanhamento. É muito importante esses avanços que nos permitam levar mais tranquilidade à sociedade", disse.
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