O Congresso Estadual do PSB expôs as divergências internas entre seus dirigentes há meses relatadas aqui neste espaço. A ausência do presidente municipal, ex-deputado federal Roberto Rocha, e as críticas disparadas pelo deputado federal Ribamar Alves foram destaques nos meios de comunicação ligados ao governo do estado.
Por conta disso, o blog conversou por telefone na tarde desta segunda-feira, 31, com o ex-governador do Maranhão, José Reinaldo Tavares que falou sobre a convenção do Partido Socialista Brasileiro-PSB ocorrida no último sábado, 29, em São Luis. Ele rebateu as críticas de Ribamar Alves que disse ter sido o evento manipulado pelo presidente José Antônio Almeida, por ele e o sobrinho, deputado estadual Marcelo Tavares.
Para o ex-governador as críticas do deputado Ribamar Alves de que houve manipulação da formação dos diretórios municipais para beneficiar José Antônio Almeida (presidente reeleito) não tem sentido de existir. “O congresso foi todo acompanhado por um representante da executiva nacional do PSB. Se tivesse havido fraude ou manipulação, o representante da nacional teria cancelado o evento”, disse.
Reinaldo contou que toda essa grita de Ribamar Alves é porque o deputado tem como desejo levar o PSB para a base de apoio da governadora Roseana Sarney. “Como ele [Ribamar] pode reclamar do congresso se ele nem lá foi? Porque não apresentou chapa para concorrer para a presidência do partido? Acho que ele não foi porque sabia que perderia feio, pois a maioria do PSB não quer os “Sarneys”, disparou o ex-governador.
Na sexta-feira o deputado Marcelo Tavares afirmou que Ribamar Alves foi procurado para fazer parte da Executiva Estadual. “Nós o convidamos e oferecemos a ele [Ribamar] o lugar que ele merece na Executiva. Mas ele só queria se fosse para ser presidente”, relatou.
Empenhado defensor da unidade interna do partido e ao perceber que não lograria êxito em seu desejo, o deputado estadual Luciano Leitoa abdicou de participar da composição do diretório estadual, pois já é membro do Diretório Nacional desde 2003, dando oportunidade a outros filiados de Timon.
Luciano lembrou que “essa prática de valorização dos companheiros dentro do grupo político ao qual faz parte é constante” e citou o exemplo de quando o vereador Chagas Cigarreiro (PSB), de Timon, se licenciou do mandato, dando assim, oportunidade ao suplente Jair Mayner durante 4 meses. O mesmo ocorreu com o vereador Uilma Resende (PDT), que também se licenciou, assumindo o suplente Porfiro Gomes.
A delegação de Timon no congresso do PSB foi composta de 26 pessoas sendo o único município com mais de um membro na executiva e com maior número de membros no Diretório Estadual, elegendo, ainda, 2 delegados ao Congresso Nacional que acontecerá em dezembro, em Brasília.
Por: Elias Lacerda
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