
Não
apenas em plano internacional, mas também no Brasil, buscar o aperto de mãos,
construir pontes, celebrar o diálogo – é o caminho da Paz.
Corre com
frequência a ideia de que o Islamismo é incompatível com os ideais
democráticos.
O
Fundamentalismo, ou seja, a pretensão de deter toda a verdade, a intolerância
para com o divergente, o carimbo de herege aposto aos que discordam não é
monopólio do Islã.
Também
entre os cristãos existem fundamentalistas.
O
Islamismo não é incompatível com os Direitos Humanos.
Mais do
que o que li em livros, tenho sobre esta matéria um depoimento pessoal.
Tive a
oportunidade de participar, na França, de um Congresso Internacional
Islâmico-Cristão.
Foi uma
das mais belas e importantes experiências que esta vida, já alongada, me
proporcionou.
Naquele
encontro fraterno, marcado pela tolerância e pelo despojamento, homens e
mulheres portadores de crenças diferentes procuramos descobrir nossas
identidades, em vez de realçar nossas divergências.
Que
doçura para a alma de um cristão ouvir, face a face de um muçulmano, que o
Islamismo prescreve a fraternidade;
adota a
ideia da universalidade do gênero humano e de sua origem comum;
ensina a
solidariedade para com os órfãos, os pobres, os viajantes, os mendigos, os
homens fracos, as mulheres e as crianças;
estabelece
a supremacia da Justiça acima de quaisquer considerações;
proclama
a liberdade religiosa e o direito à educação;
condena a
opressão e estatui o direito de rebelar-se contra ela;
estabelece
a inviolabilidade da casa.
Há uma
forte incidência da herança judaico-cristã no arcabouço do Islamismo.
Este
abismo, que se proclama existir, entre o Ocidente e o Mundo Islâmico, tem
razões políticas e econômicas.
Não se
baseia na verdade.
Hoje Satã
é o Islã, como no passado historicamente recente, Satã era a Alemanha e a
Itália.
A
propósito de alemães e italianos, a propaganda era feita com tal malícia e
capacidade técnica que brasileiros
supunham ser um dever patriótico perseguir imigrantes que descendiam desses
povos europeus.
Meus
ancestrais, de origem germânica, experimentaram esse sinete.
Para
aprofundar a reflexão, pousemos os olhos sobre a seguinte passagem do Profeta
Maomé:
“Eu não
sou senão um homem. Se eu vos
ordeno qualquer coisa de vossa Religião, segui-me. Se eu vos
ordeno qualquer coisa que revela minha opinião, eu sou apenas um homem. O que diz
respeito à Religião cabe a mim. No que
diz respeito aos negócios do mundo, nisto vós sabeis mais do que eu”.
Dr. João Baptista Herkenhoff é Juiz de Direito aposentado do Espírito Santo, escritor e colaborador do Blog Barradocordanews.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário