08 fevereiro, 2012

Para Rubens Júnior, o Maranhão não acompanha as mudanças do país


O deputado Rubens Júnior (PC do B) traçou um paralelo entre o desenvolvimento do Brasil e o do Estado do Maranhão da tribuna da Assembleia, na sessão desta quarta-feira (8). “Enquanto um Brasil novo nasceu menos desigual no plano interno e mais respeitado no externo, nos últimos anos, o Estado do Maranhão segue mais desigual internamente e entre os Estados que menos cresce no nosso país”, afirmou.

Segundo Rubens Júnior, nacionalmente, o Maranhão só lidera quando se trata dos piores indicadores sociais. “O Maranhão lidera com as maiores taxas de pobreza, com 56% e 53%, respectivamente, de pobreza absoluta e extrema, ficando à frente somente de Alagoas”, exemplificou.

De acordo com o deputado, enquanto no plano federal o Brasil segue crescendo com a presidente Dilma, crescimento que passa pela radicalização do combate à miséria e à pobreza absoluta, o Governo do Maranhão segue sem projeto para efetivar o desenvolvimento de nosso Estado. “O Maranhão, mesmo tendo a propalada aliança PT-PMDB, segue no plano estadual fazendo tudo ao contrário do que percebemos que está dando certo no plano federal. Este governo, que decanta, na mensagem encaminhada a esta Casa, que tem como foco o combate e a erradicação da pobreza, na prática, não tem uma única ação direcionada pra isto”, declarou.

Rubens Júnior afirmou que o Maranhão conta com 66% da população sofrendo de insegurança alimentar grave, ou seja, há milhares de maranhenses morrendo de fome. Ele disse também que o Maranhão conta com quatro milhões de hectares de terra aptos para a agricultura familiar, mas apenas 20% são aproveitados. “Apesar do grande potencial para crescer, a realidade demonstra que a falta de acesso à tecnologia aliada à baixa produtividade são responsáveis pelo isolamento e pelas perdas do setor”, observou.

“O Maranhão, em pleno século XXI, não possui o Plano Estadual de Educação. É o único Estado da Federação sem um plano efetivo”, revelou Rubens Júnior, acrescentando que o governo do Estado propala exaustivamente que o Maranhão passa por uma fase de superinvestimentos, mas não diz que esses investimentos são do governo federal e da iniciativa privada, pois os investimentos públicos estaduais não existem ou são irrisórios.

Para o deputado, até o percentual de crescimento do Estado, previsto no Orçamento, que foi de 6,5% em 2011, agora, em 2012, é de apenas 6%. “Nós estamos perdendo o bonde que o Brasil pega, acertadamente, com as políticas públicas efetivadas pelo Governo Federal”, concluiu.

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