Ele foi condenado a 21 anos de prisão por homicídio triplamente qualificado (por motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima) e a um ano de detenção por furto - o ex-jogador pegou o telefone celular da vítima durante a fuga. Os jurados o consideraram inocente do crime de subtração de incapaz, pedido pelo Ministério Público porque ele fugiu com o filho que teve com a ex-mulher após o assassinato.
O julgamento de Evangelista começou na segunda-feira (5). Durante o interrogatório, ele afirmou que a relação que tinha com a vítima era conturbada. Segundo o ex-jogador, que atuou nos times de base do São Paulo e do Corinthians e no time profissional do Mogi Mirim, desde o início do namoro a jovem perdia a calma facilmente e em algumas ocasiões chegou a agredi-lo verbal e fisicamente. “Para ela ficar tranqüila, eu tinha que fazer todas as vontades dela”, disse.
Questionado pelo juiz sobre o que ocorreu no dia em que a ex-mulher morreu, o ex-jogador contou que a briga começou quando ele a questionou sobre uma mensagem em seu celular. Naquele dia, Janken, a vítima, o filho do casal, então com um pouco mais de 1 ano e 6 meses, e uma amiga haviam ido a um jogo entre Santos e Corinthians no Estádio do Pacaembu, na Zona Oeste da cidade.
Depois da partida, o casal e a criança seguiram ao apartamento onde Ana Cláudia morava, na Zona Sul. Após colocar o filho para dormir, Janken disse que ouviu a ex-mulher reclamar com alguém pelo celular sobre o fato de o ex-marido ter ido com o filho ao jogo. Irritado, ele tomou o telefone e leu uma mensagem de um jogador de futebol na qual marcava um encontro íntimo. “Quando eu disse que ia ler essa mensagem para o irmão dela e mostrar quem ela realmente era, ela se descontrolou.”
Segundo Janken, Ana Cláudia avançou em sua direção com uma faca. Os dois caíram e, depois de lutar, ele a esfaqueou 14 vezes.
Prisão
Janken foi preso três dias depois do crime pela polícia da Bahia, em uma estrada de acesso a Minas Gerais. Ele estava escondido em Belo Horizonte e se entregou depois de negociação entre a polícia e a mãe dele. Logo após a prisão, o acusado disse que a morte da ex-companheira havia sido um acidente. “Não era para ter acontecido. Era a mãe do meu filho. Foi um acidente que aconteceu, não tem nada a ver”, declarou em 2009.
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