
A família Vidal:
“Houve uma ameaça de morte em forma eletrônica, via celular, destinada a um parente mais próximo do local [chacina]. Já foi feita a ocorrência e está sob investigação”, confirmou Alexandre, sobrinho de Cláudio. “Teve essa ameaça sim, por mensagem de texto. Colhemos uma foto do suposto ameaçador e as informações foram repassadas para a delegacia”, diz o familiar.
As mensagens, em princípio, teriam sido destinadas a quem assumiu a gestão do negócio da família, um viveiro no Incra 9. “Essa pessoa [ameaçada] seria a próxima às vítimas e esse ameaçador seria o ‘Novo Lázaro'”, diz Alexandre, sobre o tom da mensagem.
Veja a cronologia do crime:
Nessa terça-feira (7/6), parentes das vítimas participaram de uma audiência na Promotoria de Justiça de Ceilândia, em buscas de respostas. Os familiares vieram de João Pinheiro (MG) a fim de colher novidades sobre a investigação. Eles ainda não sabem se Lázaro agiu sozinho, se mais alguém pode estar rondando a família e a motivação do crime.
“Foi um pedido da família, para ter alguma resposta das investigações. A gente não sai tão satisfeito como deveríamos, porque não tem a resposta ainda”, comenta Alexandre. “A reunião com o Ministério Publico é para cobrar o andamento. Quinta-feira faz 1 ano do assassinato e a família quer uma resposta, vamos continuar procurando incessantemente”, pontua o familiar.
“As investigações estão bastante avançadas, já tem uma linha de investigação, mas que corre sob sigilo. A polícia vai desvendar esse crime e se tem coautoria, se há outras pessoas envolvidas na morte dos Vidal”, diz o advogado da família, Fábio Alves.
O caso
Em 9 de junho do ano passado, Lázaro matou quatro integrantes da família. Digitais dele foram encontradas na casa. Investigações apontam que Lázaro teria usado uma arma de fogo e uma faca para matar Cláudio, Gustavo e Carlos Eduardo, pai e filhos, respectivamente, após invadir a chácara no Incra 9. O assassino ainda raptou a mulher de Cláudio, Cleonice.
O corpo dela foi achado em 12 de junho, em um córrego na mesma região onde fica a casa. O laudo indica que Cleonice levou um tiro na cabeça e há indícios de violência sexual. Após os assassinatos, Lázaro empreendeu fuga por 20 dias, espalhando terror e mobilizando mais de 200 homens das forças de segurança de Brasília e de Goiás.
“Eu, como irmã da Cleonice, vim de tão longe para ter uma resposta, não tive a que eu esperava, mas acredito que ainda será feito Justiça”, diz Ângela.
Depoimentos prestados à Polícia Civil do DF (PCDF) durante as investigações da morte da família, indicavam que Lázaro não agia sozinho. Uma pessoa que teve a chácara invadida em 17 de maio no DF contou que o psicopata chegou a se desculpar “dizendo que tinham encomendado uma cabeça, mas que ele havia entrado na casa errada”.
Rede de criminosos
Logo após a morte de Lázaro, com pelo menos 38 tiros, em 28 de junho, após resistir à prisão, falou-se em uma rede de criminosos que apoiava o homem.
Segundo o secretário de Segurança Pública de Goiás, Rodney Miranda, as investigações apontam que Lázaro agiria como jagunço e segurança, “um executor de ordens”. O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), também falou na mesma linha: “Ele não é um lobo solitário. Tem uma quadrilha por trás”.
Metrópoles
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