06 janeiro, 2012

Professor universitário maranhense é assassinado no Tocantins

O professor da UFT (Universidade Federal do Tocantins) Cleides Antonio Amorim foi assassinado na madrugada desta quinta-feira (5) com uma facada na cidade de Tocantinópolis, na divisa com o Maranhão.

Cleides Amorim foi assassinado com uma facada

Segundo a PM, o crime teria motivação homofóbica já que na discussão antes do assassinato, o acusado Gilberto Afonso de Sousa teria deixado claro que não gostava de homossexuais. O professor morreu na hora e o criminoso fugiu.

O tenente José Ribamar Maciel Martins contou que a vítima estava acompanhado de dois amigos e bebiam num bar quando chegou Gilberto Afonso de Sousa. Ele sentou numa mesa ao lado com uma mulher e dois homens. De acordo com o policial, o assassino estava embriagado e começou a gritar “nessa mesa só tem viado”, se referindo ao professor.

Ainda de acordo com as informações do tenente, testemunhas contaram que após uma discussão entres os dois, Sousa pegou uma faca, desferiu um golpe contra o professor e fugiu do local. Amorim morreu na hora. Em seguida, os amigos da vítima destruíram a moto de Sousa a pauladas.

“Uma das testemunhas contou que Sousa caiu perto da moto e ao levantar disse que iria pegar a chave para ir embora, mas, na verdade, pegou uma faca embaixo do banco. Todos que estavam presentes correram menos Cleides Amorim, que foi atingido com uma facada do lado esquerdo do peito”, explicou o tenente.

A PM de Tocantinópolis colocou barreiras policiais nas saídas das cidades de Tocantinópolis, Aguiarnópolis e Maurilândia com o objetivo de capturar o acusado.

O presidente do Grupo Ipê Amarelo Pela Livre Orientação Sexual (Giama), Renilson Cruz, ficou indignado. “Esse é mais um crime homofóbico e covarde que não pode ficar sem punição. Ninguém tem o direito de matar. Não justifica o fato de não gostar deles e isso poder acabar com a vida do ser humano”, declarou.

Segundo o Giama, Cleides Amorim é o 28º LGBT assassinado no Tocantins nos últimos anos.

Histórico


Cleides Amorim tinha 42 anos, era professor assistente, coordenador do curso de Ciências Sociais da UFT e ministrava aulas nas disciplinas de Antropologia II, Introdução à Metodologia da Pesquisa em Ciências Sociais, Sociologia da Educação e Tópicos Especiais em Antropologia. Ainda não há informações sobre horário e local do sepultamento.

Segundo seu currículo na Plataforma Lattes, era graduado em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Maranhão (1996) e mestrado em Antropologia Social pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2001). A universidade lamentou a morte do professor.

(Com informações de Roberta Tum).

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