O prefeito Gilson protagonizou mais um episódio digno de manual sobre como não compreender a própria gestão. Em vídeo compartilhado nas redes, o chefe do executivo apareceu cantando e dançando, para celebrar o suposto arquivamento de um processo que não era o que ele pensava.
O prefeito acreditava estar comemorando o arquivamento do processo que investiga o desvio de mais de 6 milhões de recursos do fundeb. No entanto, o processo arquivado foi um procedimento do Ministério Público de Contas (MPC), órgão vinculado ao Tribunal de Contas do Estado (TCE), referente a uma representação feita pela empresa J. D. A. C. Empreendimentos Ltda., que se declarou prejudicada em uma licitação para manutenção predial das escolas municipais.
O processo não tem absolutamente nada a ver com a denúncia que realmente coloca a gestão Gilson sob investigação: a que apura o desvio de R$ 6 milhões de recursos da educação. O MPF, CGU e Polícia Federal seguem a investigação.
A comemoração equivocada, que virou piada entre os próprios aliados, ilustra o ambiente onde o interesse em agradar o gestor parece substituir a obrigação da informação e da verdade, e onde a assessoria tem papel de inflar o ego daquele que esteve no ostracismo por décadas e foi colocado no poder pelas mãos do ex-prefeito de Grajaú, Mercial Arruda.
“A dança do equívoco”, foi motivo de risadas e constrangimentos, mas sobretudo gerou dúvida e insegurança sobre a capacidade cognitiva, conhecimento e competência do atual gestor.
Enquanto Gilson segue voando e viajando na maionese, a denúncia sobre o desvio de recursos do Fundeb continua firme e forte nas mãos das autoridades federais. E, ao que tudo indica, o verdadeiro “arquivamento” que se aproxima é o da credibilidade da gestão do prefeito Gilson.
Via Glaucio Ericeira
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