11 outubro, 2025

Jovem fica 24h preso em Brasília por crime cometido pelo irmão, no Maranhão

Um erro por parte da Justiça do Maranhão fez com que Igor Santos Silva, de 28 anos, passasse 24 horas preso no Distrito Federal por um crime que foi cometido por outra pessoa, em Imperatriz (MA), cidade que fica a 1.391 km de Brasília.

A coluna Na Mira apurou que Igor tem um irmão, Carlos Eduardo Almeida Ferreira, que é criminoso. Em agosto do ano passado, ele cometeu um roubo na cidade de Imperatriz.

No momento do flagrante, Carlos Eduardo não teria dito seu nome verdadeiro à polícia, se identificando como sendo seu irmão, Igor Santos. No decorrer do processo, o juiz identificou que ele não era quem dizia ser e ele assumiu que mentiu sobre a própria identidade.

Isso fez, inclusive, com que o juiz adicionasse a majorante de falsidade ideológica a Carlos Eduardo. O magistrado retificou, no processo, o nome do réu, porém não retirou o nome de Igor do mandado de prisão e, tão pouco, o revogou.

Prisão

Na quinta-feira (9/10), a Polícia Federal (PF) foi até o local de trabalho de Igor para cumprir o mandado de prisão e ele foi algemado na frente dos colegas. O jovem foi conduzido até a Divisão de Capturas e Polícia Interestadual da Polícia Civil (DCPI/PCDF).

À coluna, a advogada Tatiane Evanis, que defende Igor no caso, disse que entrou em contato com a 2ª Vara Criminal de Imperatriz, assim que soube do erro judicial, e o servidor disse que não poderia tomar qualquer medida.

Ele pediu para eu peticionar nos autos para informar ao juiz. Expliquei diversas vezes sobre a urgência e pedi para despachar diretamente com o juiz e ele me informou que o juiz não estava”, afirmou.

De acordo com a advogada, na audiência de custódia, o juiz iniciou dizendo que já sabia do ocorrido. “Ele afirmou que leu os requerimentos no processo. Solicitei que fossem retiradas as algemas de Igor. O juiz revogou a prisão e disse que sentia muito pelo ocorrido”, comentou.

Humilhação

De acordo com Tatiane, no entanto, mesmo após o juiz reconhecer o equívoco e revogar a prisão de Igor, ele não pôde sair ainda, pois existia um trâmite burocrático e ele deveria sair junto com os outros detentos, na parte da tarde dessa sexta-feira (10/10).

“O Igor só foi liberado às 15h, passando mais de 24 horas preso, com fome e esgotado de cansaço, pois estava tão apavorado, que nem cochilou”, descreveu. Segundo a advogada, Igor chegou no DF com 14 anos de idade, sendo acolhido por uma prima, pois a família do Maranhão seria muito desestabilizada.

A reportagem entrou em contato com a Justiça do Maranhão e aguarda retorno. O espaço segue aberto para esclarecimentos. 

Via Metrópoles 

Nenhum comentário:

Postar um comentário