Quando estudava o primeiro ano do ensino médio na escola Nossa Senhora de Fátima nos idos de 1992, dois dos meus melhores amigos de classe naquela época (Valcirdelan e Abílio do Zeca da Funai) numa certa data começaram a conversar sobre a importante decisão que haviam tomado de ingressar na Escola Agrotécnica Federal em São Luís-Ma. Fiquei fascinado em ouvir seus relatos sobre o contato com os animais (bovinos, equinos, suínos, caprinos), além da labuta com a terra dos mais variados plantios, dentre outras atividades relacionadas à zona rural, que iriam desenvolver no ano letivo naquele ambiente escolar. Hoje, me vem estas lembranças que são confrontadas com a realidade presente, onde nossa cidade com aproximadamente uma população de 82.692, dados do IBGE, com 37,6% dos habitantes vivendo na zona rural (31.120 pessoas), sofrendo dos mais variados problemas: sem estradas, sem saúde, sem qualidade de vida. Boa parte destas pessoas é jovem. Assim, como os nomes citados acima, com sonhos, ideias e expectativas sobre o futuro. Muitos destes jovens vão precisar deslocar-se para a zona urbana, devido à falta de oportunidades. É baseado nesta realidade que defendemos a ideia, ou alternativa afim, da implantação de duas escolas agrotécnicas municipais com espaços de cunicultura, de galinha caipira, de engorda de peixes, de fabricação de ração, de laboratório de leite, de solo, dentre outros espaços pedagógicos que possam ajudar a dinamizar, através da educação, a zona rural. Esta iniciativa possibilitaria para grande parte dos jovens da zona rural, o desenvolvimento de atividades relacionadas ao seu próprio cotidiano. Não tenho conhecimentos técnicos e aprofundados sobre o assunto mais tenho a vontade e o sonho de um dia ver esta ideia concretizada na Barra.
Capitão Ribeiro- Especialista em Magistério do Ensino Superior
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