21 março, 2012

Grajaú: Professores grevistas denunciam retaliações de gestores


Após a greve nacional que parou a educação pública brasileira por três dias, na semana passada, professores e funcionários de escolas que aderiram ao movimento começam a sofrer represálias nos seus locais de trabalho. As reclamações recebidas pela direção do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Maranhão (Sinproesemma) vão de difamações feitas por diretores até ameaças de transferências de escolas.

Em Grajaú, por exemplo, a professora Kelly Lima, que faz parte do núcleo do Sinproesemma no município, denuncia que na quarta-feira, 14, primeiro dia nacional de greve, sofreu constrangimentos. A professora estava divulgando as atividades na região aos colegas quando foi surpreendida por palavras de baixo calão, proferidas pela nora da diretora da escola. “A diretora não se conformou com a paralisação e a sua nora atacou verbalmente todos os nossos colegas”, conta.

O constrangimento não foi suficiente para agredir a educadora que leciona aulas de inglês em Grajaú. Outra retaliação do Estado foi de caráter financeiro. “Já retiraram a minha dobra, estou sendo perseguida”, lamenta. A professora também denuncia que está recebendo ameaças após participar das atividades da greve nacional. “Ontem, ameaçaram-me trocar de escola. É horrível”, afirma.

O presidente do Sinproesemma, Júlio Pinheiro, avalia que retaliações pós-greve não cabem na atual democracia, defendida pela entidade: “Vivemos num país democrático onde é preciso respeitar a liberdade de ir e vir. Pela Constituição Federal é assegurado o direito à greve. Não é possível conceber represálias de um gestor da rede”, argumenta. A direção do Sinproesemma considera, ainda, que esse tipo de atitude é irresponsável. “Diretores não são os donos das escolas. O Sinproesemma vai recorrer à Justiça”, afirma.

Sinproesemma

Um comentário:

  1. Dia 20/03 o senhor José Benones Gestor de Barra do Corda se reuniu na Aldeia Ipú para tirar a coordenadora da escola Muyràw, Lucilene Lopes,para colocar uma pessoa incapacitada igual a ele para destruir o futuro dos nossos filhos.Até quando esse "demonio"vai aflingir o nosso setor educacional ?

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