Inspeções realizadas pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) revelaram que a ponte Juscelino Kubitschek, que desabou entre Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA), no domingo, 22, causando pelo menos uma morte e deixando 15 pessoas desaparecidas, já era considerada uma estrutura em estado “ruim” de conservação.
Relatórios gerenciais de manutenção rodoviária, atualizados até julho de 2019, classificaram a ponte na categoria “amarela”, com nota 2 no Índice de Condição de Manutenção, que avalia estruturas rodoviárias em uma escala de 1 a 5 — sendo 1 o estado mais crítico e 5 o melhor. Essa nota indica problemas estruturais ou funcionais que exigem atenção prioritária, incluindo danos no concreto, fissuras, falhas em fundações ou desgaste em sistemas de drenagem.
Moradores e políticos já denunciavam as condições precárias da ponte. O vereador de Aguiarnópolis, Elias Cabral Junior (Republicanos), registrou em vídeo o momento em que parte da estrutura desabou neste domingo (22), enquanto criticava o estado da travessia. “Essa ponte já tem mais de 60 anos e não suporta mais o grande fluxo de veículos pesados que passa por aqui”, afirmou o vereador, pouco antes do colapso.
A ponte, localizada na BR-226, era uma importante rota de ligação entre os Estados do Tocantins e Maranhão, além de ser um ponto estratégico para a Transamazônica (BR-230), que conecta o Nordeste à Amazônia. Próxima ao local do desabamento estão a Ponte Ferroviária do Estreito, pertencente à Ferrovia Norte-Sul, e a hidrelétrica de Estreito, que opera no rio Tocantins.
Via Gilberto Leda
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