Por R$ 260 o quilo, preço é 24 vezes maior do que o mesmo produto vendido em outros contratos do antigo governo
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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) utilizou um cocar ao receber a medalha de mérito indigenista – Foto: Clauber Cleber Caetano/PR
Por Yurick Luz/DCM
O governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) comprou no ano passado pescoço de galinha superfaturado para indígenas na Amazônia. Sem licitação, o produto custou R$ 260 o quilo. A informação é do Estadão.
O pescoço de frango foi comprado para indígenas da etnia Mura e funcionários da Funai numa missão em Manicoré, na floresta amazônica.
O gasto total com as aquisições de carne chegou a R$ 927,5 mil, entre 2020 e 2022. Deste valor, R$ 5,2 mil foram para adquirir o lote de 20 quilos de carne de pescoço a R$ 260 o quilo. O valor é 24 vezes maior do que o preço médio de R$ 10,7 do mesmo item adquirido em outros contratos fechados no mesmo período pelo governo do ex-capitão.
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O ex- presidente Jair Bolsonaro com cocar indígena tira fotos na Praça dos Três Poderes, em Brasília – Foto: MATEUS BONOMI
A empresa selecionada para vender a carne de pescoço fica em Humaitá, no Amazonas, e tem como dono Herivaneo Vieira de Oliveira Junior. Ele é filho de Herivaneo Vieira de Oliveira (PL), ex-prefeito do município que já foi preso por ataques a órgãos ambientais.
Oliveira, que cuida do negócio, foi questionado sobre a explicação para ter vendido a carne de pescoço ao governo a R$ 260 o quilo. Ele, por sua vez, respondeu: “Carne de pescoço? Não existe isso aqui. Eu sei que é uma carne ruim demais”, disse. “Só pode ter sido um erro das notas de pagamento.”
Vale destacar que a Funai comprou também mais de uma tonelada de charque, maminha, coxão duro, alcatra e latas de presunto que nunca foram distribuídas entre as famílias das aldeias durante o período da pandemia da Covid-19.
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