Investigadores apontaram o envolvimento de outros milicianos no assassinato da ex-vereadora e tentam descobrir quem foi o mandante do homicídio
Brasil 247 – Policiais federais vai oferecer ao ex-policial militar Ronnie Lessa uma delação premiada para que ele conte detalhes do assassinato da ex-vereadora da cidade do Rio de Janeiro (RJ) Marielle Franco (PSOL). O ex-PM está preso desde 2019 após ser apontado por investigadores como o responsável pelos tiros que mataram a então parlamentar em março de 2018 na região central do município do Rio. A informação foi divulgada nesta terça-feira (25) pela jornalista Natuza Nery, da GloboNews. Investigadores apontaram o envolvimento de mais pessoas no crime e tentam descobrir quem foi o mandante do homicídio.
Em delação, outro ex-policial, Élcio Queiroz, admitiu que dirigia o carro de onde participaram os tiros dados pelo ex-militar. O delator pontou o envolvimento de outras pessoas no assassinato – sargento da PM Edmilson da Silva de Oliveira, o Macalé, morto em 2021, que teria apresentada a Lessa o “trabalho” de executar Marielle. Policiais federais apuram a mando de quem Macalé fez a intermediação.
Em depoimento, Queiroz disse que o mecânico Edilson Barbosa dos Santos, “Orelha”, foi procurado por Suel para se desfazer do carro usado no homicídio. Nesta segunda (24), o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, o Suel, foi preso por envolvimento no assassinato.
Morta pelo crime organizado, Marielle era ativista de direitos humanos. Fazia denúncias contra a violência policial nas favelas e criticava a atuação de milícias – grupos que praticam atividades de forma ilegal, como a cobrança de taxas para alguns serviços (energia e segurança), além de envolvimento com homicídios e tráfico de drogas.
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