O ex-policial militar Ronnie Lessa, acusado de envolvimento nos assassinatos da vereadora Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes, incluiu o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, Domingos Brazão, como um dos mandantes do atentado, segundo informações do site Intercept Brasil por meio de fontes vinculadas à investigação.
Preso desde março de 2019, Lessa firmou um acordo de delação premiada com a Polícia Federal (PF). Contudo, a homologação do acordo depende do Superior Tribunal de Justiça (STJ), pois Brazão possui foro privilegiado em razão de sua posição no tribunal.
O advogado Márcio Palma, que representa Domingos Brazão, afirmou que não estava ciente dessa informação e ressaltou que sua única fonte de informações sobre o caso é a imprensa, uma vez que seu pedido de acesso aos autos foi negado, alegando que Brazão não era objeto de investigação. Em entrevistas anteriores, Brazão sempre negou sua participação no crime.
Além disso, o miliciano Jorge Alberto Moreth afirmou, em conversa telefônica com o vereador Marcello Sicilliano (PHS), que o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ), Domingos Brazão foi o mandante da execução da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, em março de 2018. Segundo o miliciano, que atua na comunidade de Rio das Pedras, Brazão pagou R$ 500 mil pela morte de Marielle.
O registro do diálogo faz parte de denúncia, assinada pela ex-procuradora-geral da República, Raquel Dodge, enquanto ainda estava à frente da Procuradoria-Geral da República (PGR). Dodge denunciou Brazão ao Superior Tribunal de Justiça denúncia por obstrução no caso Marielle. A procuradora também pediu a federalização do caso.
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